18/12/2007

Celebrate this chance to be alive and breathing...

Siamese Twins



Há momentos em que as nossas palavras estão a mais...

16/12/2007

Pax?

Deixo aqui dois vídeos de um aluno de TCAV que preferiu manter o anonimato: Pax? e Daymare.
Para relaxar, rir e apreciar o que de bom se faz em Portugal....

Daymare

O Natal está quase a chegar. E com ele surgem os milhões de anúncios a perfumes, brinquedos, máquinas de lavar, chocolates, roupas, livros, cds, estetoscópios, lupas, bisturis... (acho que estes últimos três não são muito frequentes mas é Natal, ninguém leva a mal). Para as prendas já não basta um simples papel de embrulho: a moda agora são aquelas caixinhas em cartão, plástico, pano ou papel que depois da noite de Natal vão para a despensa ou para a garagem, junto com as demais tralhas que não se deitam ao lixo. Uma dessas maravilhosas invenções é aquela saquinha feita de sacas de café: essa maravilha da Natureza não é uma bolsa nem uma saca de compras mas também não é uma saca de café porque foi cosida a outras sacas de café para deixar de o ser. E estão muito na moda porque brilham como as luzinhas de Natal, transformando qualquer Sra. Gertrudes numa Naomi Campbell. Como aconteceu com as peles de animais, acho que deviam criar um movimento contra o uso de sacas (ou bolsas?) de café. Não porque elas exibem marcas e isso é publicidade encapotada para as criancinhas de 12 anos que vão começar a pedir cafés no Natal mas pelo espírito que elas carregam. Passo a explicar: as maravilhosas saquinhas antes de serem fashion são instrumentos de tortura daqueles que estão por detrás do balcão. O café (estabelecimento) é, para os mais poéticos, o local de inspirações, de romances, de encontros e reencontros. Mas não. Por detrás do balcão há um mundo negro e à margem desse quadro bucólico dos pensadores de bloquinho na mão ou melhor, de portátil na mão. Trabalhar num café é uma aventura e exige fôlego e muito salto alto.

Imaginem que trabalham num café.
E imaginem que, numa daquelas manhãs chuvosas com milhões de clientes por atender e muitos outros a entrar, por entre risos, conversas, gritos e aquele maravilhoso som de bocas a mastigar, entra um que vos pede um café. Até aqui tudo corre bem. Ele senta-se na mesa, vocês tiram o café e levam ao cliente.
“Eh pah, esqueci-me....era curto.”
Vocês voltam ao balcão, tiram um novo café e quando a chávena já está quase na medida pretendida ouvem: “Desculpe menina, pedi curto mas não quero muito curto...Ponha mais ou menos a um dedo abaixo de meio.”
Respiram fundo, tiram o café e desejam que aquela querida criatura desapareça do Globo...com um belo sorriso na cara.
Quando o tumulto abranda, entra uma senhora que vos pede um café. Normalíssimo. Quando o café está pronto a tomar, ela pergunta:
“Esta é a marca x?”
“Sim, é.”
“Tem a certeza?”
“Sim, tenho”
“É que sabe...eu não posso tomar café sem ser da marca x porque tenho um problema desde a infância que herdei da minha bisavó que sofria de uma úlcera muito parecida com umas enxaquecas que o meu tio-avô tinha quando era moço e.....”
Aqui começam a desejar que as músicas de Natal comecem a tocar bem alto até ensurdecerem. Desejam que entre um ladrão e assalte a loja só para não terem que ouvir aquela conversa. Olham para todos os lados à espera de uma salvação.
“Olha, está a entrar aquele cliente do café meio-cheio-meio-curto” – murmuram vocês.
E com muito salto alto desviam-se sorrateiramente do monólogo e vão atender o Salvador
...com a esperança de não receber uma saquinha de café no Natal.
P.S: Ao acabar esta crónica soube que um amigo meu está com amigdalite porque engoliu uma colher de café descartável por acidente.

30/11/2007

At Freddy's House com álbum previsto para o início do ano

Nascidos a partir de uma iniciativa individual, a banda “At Freddy's House” surge no início de 2006 na cidade de Braga. O primeiro álbum é esperado para o início do próximo ano mas tudo depende de possíveis acordos editoriais.


As influências são transversais e abrangem o Blues, o Folk e a World Music. Contudo, para os At Freddy's House “a criação não se prende, obrigatoriamente, a uma referência exterior que lhe sirva de inspiração”. Está antes ligada a uma forma de pensar e ver o mundo. Daí a diversidade dos temas e a contribuição do universo conceptual e artístico de todos os elementos da banda. Segundo os At Freddy's House “A imaginação de cenários e histórias é um dos principais elementos no processo criativo.Imaginar e contar uma história é um evento cumulativo, prolongado entre a composição da música e o escrever da letra, sendo impossível de interpretar como um momento de inspiração única”.


“Rubber Nose” e “Drunken Boat” foram dois temas integrados na colectânea Acorda! de 2006 onde participaram. Os temas servem de prelúdio para o álbum com edição prevista para o início do próximo ano.


Muitos projectos para o próximo ano:
O álbum está previsto para o início do próximo ano com a “vontade de partilha daquilo que se iniciou entre os elementos da banda”. O lançamento dos At Freddy's House para o exterior é também um objectivo mas “implica também uma responsabilidade acrescida de evolução, o que marca o trabalho das composições já em estudo para álbuns posteriores”.